Recentemente a SpaceX e outras empresas tem feito grandes esforços para colocar em órbita milhares de pequenos satélites de baixo custo, mas a falta de regulamentação para crimes cibernéticos pode torná los vulneráveis. Isso é preocupante….
A corrida para colocar satélites no espaço
Como muitos sabem, a SpaceX ocupa a liderança como operadora da maior constelação de satélites ativos do mundo. Outras empresas como Amazon e OneWeb estão concorrendo para colocar milhares de satélites em órbita nos próximos meses.
Esses milhares de satélites tem potencial para revolucionar a vida na Terra proporcionando internet rápida e eficiente aos cantos mais remotos do planeta, monitorando o meio ambiente e melhorando os sistemas de navegação global.
A parte preocupante da coisa
Nessa corrida para alcançar a liderança há uma pressão muito grande em acelerar o desenvolvimento e a produção de satélites. Baixar os custos parece uma boa ideia e é exatamente neste momento que a cibersegurança se compromete!
Você deve estar se perguntando: Por que não investem em cibersegurança, afinal?
Então.. não é tão simples assim!
Todas as empresas estão preocupadas com isso, no entanto, os custos associados à garantia da segurança podem exceder o custo do próprio satélite.
Os fabricantes desses satélites usam tecnologia pronta e de código aberto, dessa forma os hackers podem analisa-los em busca de vulnerabilidades. Sem falar que são vários os fabricantes envolvidos na construção de componentes físicos dos satélites, e até mesmo o seu lançamento ao espaço depende não apenas de uma, mas de várias empresas. Como é praticamente tudo terceirizado, as vulnerabilidades aumentam à medida que os hackers têm várias oportunidades de se infiltrar no sistema.
Portanto, muitas vezes não fica claro quem é o responsável pelas violações cibernéticas. Essa falta de clareza gera complacência e dificulta os esforços para garantir segurança a esses importantes sistemas.
Transformando satélites em armas
Ao assumir o controle dos satélites os hackers poderiam simplesmente desliga los, negando acesso aos seus serviços. Além disso também é possível bloquear ou falsificar os sinais de satélites comprometendo redes elétricas, redes de água e sistemas de transporte.
Alguns desses satélites tem propulsores que lhes permitem acelerar, desacelerar e mudar de direção no espaço. Se os hackers controlassem esses satélites as consequências poderiam ser catastróficas. Os hackers podem alterar as órbitas dos satélites e colidi-los com outros satélites ou até com a Estação Espacial Internacional.
É necessário regulamento
Segundo Willian Akoto, pesquisador da universidade de Denver – alguns analistas começaram a advogar um forte envolvimento do governo no desenvolvimento e regulamentação de padrões de segurança cibernética para satélites e outros ativos espaciais. O Congresso poderia trabalhar para adotar uma estrutura regulatória abrangente para o setor espacial comercial. Por exemplo, eles poderiam aprovar legislação que exige que os fabricantes de satélites desenvolvam uma arquitetura comum de segurança cibernética.
Eles também podem exigir a denúncia de todas as violações cibernéticas envolvendo satélites. Também é preciso haver clareza sobre quais ativos baseados em espaço são considerados críticos para priorizar os esforços de segurança cibernética. Uma orientação legal clara sobre quem é responsável por ataques cibernéticos em satélites também ajudará bastante a garantir que as partes responsáveis tomem as medidas necessárias para proteger esses sistemas.
Dado o ritmo tradicionalmente lento da ação do Congresso, pode ser necessária uma abordagem de várias partes interessadas envolvendo cooperação público-privada para garantir padrões de segurança cibernética. Quaisquer que sejam as medidas tomadas pelo governo e pela indústria, é imperativo agir agora. Seria um erro profundo esperar que os hackers adquirissem o controle de um satélite comercial e o utilizem para ameaçar vidas, membros e propriedades aqui na Terra ou no espaço.
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Fontes: Astronomy.com / The conversation/ William Akoto pesquisador de pós doutorado da universidade de Denver