No agitado mundo da exploração espacial, o retorno das amostras de Marte, ou Mars Sample Return (MSR) da NASA está enfrentando um adiamento considerável. A incerteza em torno do financiamento para o próximo ano, juntamente com uma revisão em curso das estruturas do programa, levaram a uma desaceleração das atividades necessárias para concretizar essa missão ambiciosa.
Durante uma reunião do Comitê Consultivo de Ciência Planetária da NASA, em 13 de novembro, Sandra Connelly, vice-administradora associada de ciência da agência, comunicou a orientação fornecida a três centros de pesquisa envolvidos no Mars Sample Return (MSR) para reduzir o ritmo das suas atividades.
O motivo por trás dessa decisão está na incerteza em torno do montante de financiamento que a missão da NASA receberá quando o Congresso Americano finalizar o orçamento para o ano fiscal de 2024. Enquanto um projeto de lei da Câmara propôs um valor de US$949,3 milhões – o montante total solicitado pela NASA – uma versão do Senado ofereceu apenas US$300 milhões. Além disso, essa versão incluiu cláusulas que orientavam a NASA a restringir o escopo ou cancelar o MSR caso seu custo total ultrapassasse os US$5,3 bilhões. Uma análise independente recente estipulou que o custo do retorno das amostras poderia variar entre 8 e 11 bilhões de dólares. Atualmente, a NASA opera sob uma resolução contínua que financia programas nos níveis do ano fiscal de 2023, alocando US$822,3 milhões para o retorno das amostras de Marte.
Os centros de pesquisa envolvidos no MSR, como o Goddard Space Flight Center, o Jet Propulsion Laboratory e o Marshall Space Flight Center, foram instruídos a efetuar reduções nos contratos e recuar em certas áreas, como o Sistema de Captura, Contenção e Retorno (CCRS). Este componente, fornecido pela NASA do European Earth Return Orbiter, desempenha um papel fundamental na captura e proteção dos recipientes de amostras coletadas pelo rover Perseverance, e que seriam colocados na órbita de Marte para eventual retorno à Terra.
Essa desaceleração das atividades do Mars Sample Return (MSR) coincide com o pedido da NASA por uma revisão independente. Lori Glaze, diretora da divisão de ciência planetária da NASA, destacou a necessidade de um caminho claro e viável antes de avançar com a missão.
Embora poucos detalhes sobre o projeto tenham sido revelados, a equipe técnica está analisando diversas opções comerciais para o Retorno das Amostras Marcianas, com o objetivo de reduzir os custos da missão.
Apesar desses desafios, a NASA ainda não determinou oficialmente um adiamento no lançamento das missões do Mars Sample Return (MSR), incluindo o módulo de recuperação de amostras do orbitador de retorno à Terra, a partir de 2030. Desse modo, a agência continua a buscar alternativas para manter essa data.
Vamos aguardar ansiosamente as próximas etapas desta missão, enquanto a NASA procura maneiras de superar os obstáculos financeiros atuais para concretizar o retorno histórico de amostras de Marte à Terra. Clique aqui e inscreva-se em nossa newsletter para ficar por dentro das próximas novidades!