O primeiro rover chinês enviado para o planeta Marte está revelando como o clima e as águas que antigamente corriam por ali mudaram a superfície da maior bacia de impacto em Marte.
Em maio de 2021, o rover chinês Zhurong, pousou em Utopia Planitia, uma bacia de 3.300 quilômetros de largura no Hemisfério Norte de Marte. Mas o que ele está fazendo por lá? O rover chinês está estudando a geologia local, a composição química das rochas e as condições do clima local usando seus seis instrumentos científicos.
Um novo estudo baseado em dados dos primeiros 60 sóis de Zhurong (aproximadamente 62 dias terrestres) no planeta revela como o clima e a interação com a água alteraram as rochas ao redor do local de pouso do rover Zhurong ao longo de milhões de anos.
A equipe de pesquisadores usou imagens das câmeras de navegação e topografia do rover (NaTeCam) para observar a estrutura das rochas. Em muitas das rochas estudadas, os pesquisadores encontraram sulcos e gravuras de partículas transportadas pelo vento, mas também flocos que parecem ser evidências de interações com água ou salmoura.
Os dados de química ajudariam a fornecer mais informações sobre o que vem acontecendo na área. O rover Zhurong tem um instrumento de Espectroscopia Induzida por Laser (LIBS) que pode disparar seu laser para criar uma pequena quantidade de plasma do alvo e analisar sua composição. Mas o artigo publicado pelos pesquisadores não faz uso de nenhum dado LIBS, nem afirma se foi coletado dos espécimes de rocha.
A China está planejando uma missão de retorno de amostras a Marte, com lançamento previsto para 2028, mas ainda não divulgou informações sobre os possíveis locais de pouso.
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Fonte: Space.com