Um mega cometa em direção ao nosso sol
Brasil assina o Acordo Artemis da NASA
O Brasil assinou a iniciativa Artemis Accords liderada pela NASA para explorar a lua de forma responsável.
Twinkle – A Primeira missão astronômica comercial do mundo
Durante décadas, agências espaciais financiadas pelo governo como a NASA e a Agência Espacial Europeia (ESA) foram responsáveis por projetos caros de telescópios espaciais que levaram décadas para serem desenvolvidos e custaram bilhões de dólares. O telescópio espacial Kepler da NASA descobriu centenas de novos exoplanetas, mas não era o suficiente para aprender mais sobre eles. Não havia nenhuma outra ferramenta que possibilitasse ir muito além! As medições realizadas pelo Telescópio Espacial Hubble e Telescópio Espacial Spitzer entregavam dados limitados porque não foram construídos para fazer observações de exoplanetas, suas medições espectroscópicas são limitadas por uma faixa de comprimentos de onda. Não foram apenas as lacunas nos dados que atrapalharam o progresso científico, mas também o fato de que a crescente comunidade de exoplanetas teve que competir por tempo no Hubble (e no Spitzer também) com cientistas estudando todos os tipos de outros fenômenos astronômicos. No entanto, a imagem que emergia desses escassos conjuntos de dados era instigante: esferas gigantes de gás com mais de 2000 graus Celsius que chamamos de Júpiter quente, planetas repletos de diamante, e também planetas semelhantes à Terra que podem abrigar vida. A nova era espacial na astronomia Surge a Blue Skies Space (guardem este nome). A empresa desenvolveu uma nova classe de satélites para fornecer dados de alta qualidade à comunidade científica global, transferindo os benefícios dos novos desenvolvimentos do setor espacial comercial para a pesquisa acadêmica. O seu primeiro satélite será responsável pelo sucesso da Missão Espacial Twinkle. O Twinkle é um observador de exoplanetas, apoiado por mais de 10 universidades de todo o mundo, está sendo financiado pela ESA e em breve será construído pelo gigante aeroespacial europeu Airbus. Custando cerca de 10% do custo de uma missão de agência espacial média, pesando apenas 350 quilogramas, o Twinkle possuí um telescópio de 50 centímetros que será capaz de fazer medições espectroscópicas de exoplanetas com a mesma precisão do gigante Hubble de 31 anos. Mas a empresa já prevê um futuro além do Twinkle. “Somos um provedor comercial de um serviço de dados”, disse o CEO Tessenyi. “As universidades podem comprar uma assinatura de nossos satélites e acessar os conjuntos de dados que, de outra forma, não seriam capazes de obter. Nosso objetivo é recuperar o custo do satélite e, se tivermos sucesso, usar os recursos da venda de dados de satélite para começar cofinanciar a segunda geração de um satélite com o objetivo de entregar uma série de satélites a longo prazo. “ Dr. Marcell Tessenyi CEO Cheops, Plato, Ariel, James Webb Nos últimos anos foram anunciadas uma grande quantidade de novas missões espaciais para estudar os exoplanetas. A missão CHEOPS de baixo custo da ESA, por exemplo, orbitando a uma altitude de 700 quilômetros como o Twinkle, só pode medir as características básicas dos exoplanetas, como sua densidade e tamanho. Com lançamento previsto para dois anos após o Twinkle, o telescópio da Agência Espacial Européia, PLATO, procurará principalmente planetas rochosos em zonas habitáveis em torno de grandes estrelas. Apenas o Ariel, com lançamento previsto para 2029, terá como foco as atmosferas de exoplanetas, como o Twinkle. O Telescópio Espacial James Webb, com lançamento programado para o final deste ano, também contribuirá para a ciência dos exoplanetas. A nova era espacial na astronomia junto dessas excitantes missões espaciais prometem nos responder no futuro se existe água na atmosfera dos exoplanetas, monóxido de carbono, e quem sabe até mesmo a existência de vida. Fontes: space.com/spacecareers.uk/twinkle-spacemission.co.uk/
NASA anuncia 2 novas missões para estudar o planeta Vênus
Imagine um mundo infernal… sua superfície coberta por lavas e composta principalmente de dióxido de carbono e ácido sulfúrico formando densas nuvens amareladas que prendem o calor, causando um efeito estufa descontrolado, elevando sua temperatura a 482ºC. Este mundo se chama Vênus! A NASA anunciou na quarta feira, 02 de Junho, durante o discurso do administrador Bill Nelson, que enviará duas novas missões a Vênus para aprender mais sobre como a atmosfera do planeta se tornou tão hostil ao longo de sua história. As duas missões, chamadas DAVINCI + e VERITAS, foram escolhidas com base em seu potencial valor científico e na viabilidade de seus planos de desenvolvimento. Essas duas missões fazem parte do Programa Discovery da NASA e são limitadas a 500 milhões de dólares, isso sem contar os custos do veículo de lançamento e das operações da missão. Ambas as novas missões ao planeta Vênus serão lançadas entre 2028 e 2030 e levarão demonstrações de tecnologia, bem como seus principais componentes científicos. “Esperamos que essas missões aumentem nossa compreensão de como a Terra evoluiu e por que ela é habitável atualmente, enquanto outros em nosso sistema solar não são” Bill Nelson DAVINCI + (Investigação de Vênus em atmosfera profunda de gases nobres, química e imagem) O DAVINCI + medirá a composição da atmosfera de Vênus para entender como ela se formou e evoluiu, bem como determinar se o planeta já teve um oceano. A missão consiste em uma esfera que mergulhará na espessa atmosfera do planeta, fazendo medições precisas de gases nobres e outros elementos para entender porque a atmosfera de Vênus é uma estufa descontrolada em comparação com a da Terra. Além disso, o DAVINCI + retornará as primeiras imagens de alta resolução das características geológicas únicas de Vênus conhecidas como “tesselas”, que podem ser comparáveis aos continentes da Terra, sugerindo que Vênus tem placas tectônicas. Esta seria a primeira missão liderada pelos Estados Unidos à atmosfera de Vênus desde 1978, e os resultados do DAVINCI + poderiam remodelar nossa compreensão da formação de planetas terrestres em nosso sistema solar e além. VERITAS (Emissividade de Vênus, Rádio Ciência, InSAR, Topografia e Espectroscopia) A missão VERITAS mapeará a superfície de Vênus para determinar a história geológica do planeta e entender porque ele se desenvolveu de forma tão diferente da Terra. Orbitando Vênus com um radar de abertura sintética, VERITAS irá mapear as elevações da superfície de quase todo o planeta para criar reconstruções 3D da topografia e confirmar se processos como placas tectônicas e vulcanismo ainda estão ativos em Vênus. VERITAS também mapeará as emissões infravermelhas da superfície de Vênus para mapear seu tipo de rocha, que é amplamente desconhecido, e determinar se vulcões ativos estão liberando vapor de água na atmosfera. Demonstrações de tecnologia A missão VERITAS levará consigo uma demonstração de tecnologia chamada Deep Space Atomic Clock que pode permitir que sondas distantes viajem usando um sistema de navegação semelhante ao sistema baseado em GPS que usamos na Terra. A missão DAVINCI+ hospedará como demonstração de tecnologia o CUVIS. Ele fará medições de alta resolução de luz ultravioleta usando um novo instrumento baseado em ótica de forma livre. Essas observações serão usadas para determinar a natureza do absorvedor ultravioleta desconhecido na atmosfera de Vênus, que absorve até metade da energia solar que chega no planeta. Fontes: nasa.gov/solarsystem.nasa.gov/space.com