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China precisa de ajuda da ESA após orbitador Tianwen-1 não ser capaz de retransmitir dados do rover marciano Zhurong

O Mars Express da Agência Espacial Europeia coletou dados do rover chinês Zhurong e os enviou com sucesso para a Terra após uma série de testes experimentais de comunicação.

O rover Zhurong foi projetado apenas para se comunicar com seu orbitador companheiro, Tianwen 1; no entanto, o orbitador não é mais capaz de retransmitir tantos dados. Portanto, a China e a Agencia Espacial Europeia decidiram fazer um experimento: enviar dados de Zhurong para o Mars Express e retransmiti-los para a Terra. Isso é um desafio, já que o equipamento de comunicação dos robôs não é compatível. O rover chinês pode transmitir em uma frequência que o orbitador Mars Express pode detectar, mas não vice-versa, então Zhurong envia dados sem ouvir de volta do orbitador.

Uma “selfie” de Zhurong e sua sonda capturada por uma câmera remota instalada.  (Crédito da imagem: CNSA / PEC)

No dia 20 de novembro, o orbitador Mars Express passou 4.000 quilômetros acima da localização de Zhurong em Utopia Planitia, recebendo um lote de dados e, em seguida os retransmitiu. Esses dados chegaram à Terra ao centro de operações espaciais da ESA ESOC em Darmstadt, Alemanha, através de antenas de comunicação do espaço profundo. De lá, esses dados foram encaminhados para a equipe do rover Zhurong, no Centro de Controle de Voo Aeroespacial de Pequim, que confirmou o sucesso do teste.

Esquema de retransmissão de dados do rover Zhurong realizado pelo orbitador Mars Express, da Agencia Espacial Europeia. Créditos: ESA

Normalmente, um rover e um orbitador trocam mensagens curtas para estabelecer duas comunicações e transmitir dados. Mas, de acordo com a ESA, o Mars Express transmite seu sinal de “alô” usando frequências de comunicação diferentes das que o rover chinês recebe, tornando impossível a comunicação bidirecional. No entanto, Zhurong pode transmitir sinais usando uma frequência que o Mars Express pode receber, então a ESA realizou um primeiro teste de uma técnica de comunicação unilateral chamada de comunicação “às cegas”, onde o remetente não tem certeza se o sinal está sendo recebido.

O primeiro rover marciano da China, pousou no Planeta Vermelho em maio deste ano para explorar um local chamado Utopia Planitia. Com apenas uma pequena antena no rover, seu orbitador companheiro Tianwen 1 tem retransmitido os dados científicos de Zhurong para a Terra. Mas com o início de sua missão científica em novembro, as oportunidades de transmitir as valiosas informações do rover Zhurong foram reduzidas. 

A cooperação existente entre a ESA e a Administração Espacial Nacional da China (CNSA) abriu caminho para uma série de cinco testes de comunicação entre o Mars Express e o rover Zhurong, todos realizados em novembro. (A ESA também forneceu suporte para a estação terrestre chinesa em vários momentos durante a viagem de Tianwen 1 e o rover Zhurong até o planeta Marte.)

Um porta-voz da ESA disse que o Mars Express recebeu um sinal durante cada um dos cinco testes, mas durante quatro deles os dados recebidos foram corrompidos. Durante uma investigação, a equipe descobriu que o responsável pelas falhas eram interferências de outra unidade no Mars Express.

As equipes da missão agora estão organizando testes adicionais. Segundo a ESA, as equipes verificarão quando o Mars Express terá visibilidade do rover Zhurong e se os testes serão compatíveis com o plano de ciência do orbitador. O próximo teste examinará diferentes taxas de bits e durações de sobrevoo.

O Mars Express está em órbita ao redor do Planeta Vermelho desde dezembro de 2003. Suas atividades incluem a descoberta de metano na atmosfera marciana, o mapeamento da composição do gelo polar e a detecção provisória de água subterrânea abaixo do polo sul.

Imagem ilustrativa do orbitador Mars Express, da ESA – Créditos: ESA

Um relatório do Projeto de Exploração Lunar da China sobre o teste de comunicações também revelou que o rover Zhurong cobriu um total de 1.297 metros em 196 dias marcianos, ou sóis, desde o pouso em 14 de maio. 

Zhurong já tinha coberto 1.253 metros no início de novembro, sugerindo que o rover tem passado muito tempo analisando um vale cheio de sedimentos com suas cargas científicas, em vez de seguir para o sul. 

Para saber mais sobre o rover Zhurong clique aqui

Fonte: Space.com/www.esa.int

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1 Comentário

  • Daniel Jansen Ferreira

    Eita, parece que as coisas não vão assim tão bem com a China. E se fosse um orbitador americano a transmitir, os EUA aceitariam?

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