Doenças cardíacas são a principal causa de morte no mundo e por isso os cientistas estão desenvolvendo tecidos artificiais que possam ser usados para reparar corações doentes e, eventualmente, criar órgãos transplantáveis. Por isso o último retorno da Cápsula Dragon, da Estação Espacial Internacional (ISS) à Terra, em 30 de abril, trouxe consigo uma descoberta revolucionária: a primeira amostra viva de tecido humano produzido no espaço.
Esse tecido foi produzido por meio de um módulo de biofabricação da empresa privada Redwire Space ($RDW), instalado na ISS em 2023. Agora a amostra está agora sendo submetida a mais testes nas instalações da Redwire em Greenville, Indiana.
A importância dessa conquista está no tratamento de doenças cardíacas. Uma vez que o tecido humano produzido no espaço poderia ser usado para criar adesivos cardíacos como tratamento para tecido cardíaco danificado. Além de desenvolver órgãos transplantáveis, usando a microgravidade para replicar com precisão a estrutura tridimensional do tecido natural.
O Futuro do tecido humano produzido no espaço
O futuro dos tecidos biológicos produzidos no espaço traz novas possibilidades no campo dos transplantes de órgãos.
“Essas são conquistas científicas extraordinárias que nos aproximam de serviços biotecnológicos comerciais confiáveis e em grande escala em órbita”, disse o presidente da Redwire In-Space Industries, John Vellinger.
Por isso, a Redwire deseja imprimir vasos sanguíneos humanos em 3D, durante futuras missões espaciais. Com o objetivo de revolucionar a medicina regenerativa com tratamentos mais eficazes e personalizados para cada paciente.
Parcerias e Futuras Pesquisas
A Redwire em parceria com a Butler University também trouxe de volta à Terra 36 experimentos de cristais farmacêuticos, com aplicações antivirais, antifúngicas e anticonvulsivantes. As implicações dessa pesquisa também beneficiam a indústria biofarmacêutica já que a microgravidade é ideal para o cultivo de cristais farmacêuticos maiores e mais ordenados.
Com um total de 16 futuras pesquisas planejadas, uma segunda pesquisa a bordo da ISS, está prevista para retornar à Terra em agosto de 2024.